explica tudo sobre a saúde da vesícula biliar
Dúvidas sobre
A cirurgia de vesícula biliar, também conhecida como colecistectomia, é principalmente indicada em caso de pedra nas vesículas, e tem como objetivo principal a retirada da vesícula. Ela pode ser realizada de duas formas principais:
1. Cirurgia convencional ou aberta: É feita através de uma incisão maior no abdômen para a retirada da vesícula. Este procedimento costuma ter uma recuperação um pouco mais demorada e deixa uma cicatriz mais visível.
2. Cirurgia por laparoscopia ou por vídeo: É realizada com 4 pequenas incisões no abdômen, por onde o médico passa o material e uma pequena câmera para realizar a cirurgia com menor manipulação e menos cortes. Este tipo de cirurgia tem uma recuperação mais rápida, com menos dor e uma cicatriz menor.
Ambas as cirurgias são feitas com anestesia geral e normalmente requerem apenas 1 a 2 dias de internação. Após a cirurgia, é possível que a pessoa sinta desconforto na região abdominal, o que é considerado normal. Pode ser indicado pelo médico o uso de medicamentos anti-inflamatórios. Além disso, é recomendado que a pessoa fique em repouso por 1 a 2 semanas e tenha uma alimentação líquida ou pastosa.
Antes da cirurgia, são normalmente solicitados exames para avaliar o estado geral de saúde da pessoa, as características da vesícula e dos órgãos próximos e garantir que a cirurgia é segura. No dia da cirurgia, é indicado que a pessoa faça jejum de 8 horas para prevenir efeitos colaterais relacionados com a anestesia.
Ao ser confirmada a condição do paciente, exames pré-operatórios deverão ser solicitados para averiguar se não há nenhum fator que inviabilize a cirurgia da vesícula biliar. O paciente deverá evitar a ingestão de substâncias como a aspirina nos dias que antecedem a cirurgia.
Além disso, o paciente deverá ter uma alimentação balanceada, evitar ingerir bebida alcoólica por, pelo menos, sete dias antes da cirurgia e não fumar por, pelo menos, 30 dias antes.
Nos primeiros 30 dias após a cirurgia é solicitado que o paciente evite alimentar-se de gordura e de frituras, porque a vesícula biliar armazena a bile que emulsifica essas gorduras e promove uma boa digestão.
Logo, é o tempo do organismo se readaptar, se reorganizar e conseguir fazer com que ao se alimentar depois de um tempo com essas substâncias, você não sinta mal-estar.
Caso contrário, se você se alimentar com gordura e fritura nesse pós-operatório precoce imediato, é provável que você sinta:
Por isso, é preciso que nesses primeiros 30 dias, o paciente siga as orientações médicas e da nutricionista também para ter uma recuperação tranquila e plena.
A vesícula biliar é um órgão oco que fica na borda inferior do fígado, ela fica localizada no lado direito em cima no abdômen. Ela serve para armazenar bile, produzida no fígado.
Essa bile é liberada no intestino a partir do nosso estímulo com alimentação, e essa bile é
utilizada para emulsificar as gorduras do alimento.
Os pólipos na vesícula não se tornam pedras.
Isso é um mito.
O que acontece é uma associação entre essas duas doenças e nesse caso há uma preocupação maior, porque é sabido, em toda a literatura, que a associação de pedra na vesícula com o pólipo na vesícula, tem uma chance maior de essa lesão ser uma doença chamada colangiocarcinoma que é o câncer na vesícula biliar.
Se é tratado em momentos iniciais, a cirurgia curativa é somente a retirada da vesícula biliar.
Porém, às vezes essa doença se estende por muito tempo, então, é necessária a retirada de parte do fígado, do linfonodo dessa região e até mesmo pode não consegue mais realizar a cirurgia porque a doença se espalhou.
Então os pólipos não se tornam cálculos, mas associação entre eles é preocupante.
Quando aqueles sais ou aquela bile que fica armazenada na vesícula, ela consegue ficar muito tempo parada, por várias causas do organismo, começa a formação de cálculos, as famosas pedras.
Dessa maneira, se você tem sintomas associados a esses cálculos, tem indicação precisa da cirurgia de retirada da vesícula biliar com os cálculos.
Se esses cálculos forem assintomáticos, ainda não tem consenso na literatura de precisar ou não operar.
Vale lembrar também que tem uma indicação precisa quando o paciente evoluiu com complicações desses cálculos.
Quando o paciente apresenta pancreatite aguda ou colecistite aguda, que é a inflamação do pâncreas, e a própria inflamação e infecção da vesícula biliar, também é caso de cirurgia.
Além disso, é importante que pacientes diabéticos que apresentem pedra na vesícula, não deixem de realizar a cirurgia e o acompanhamento médico.
Pois, a complicação dos cálculos nesse tipo de paciente leva a quadros mais graves, como a perfuração da vesícula biliar e até mesmo a sepse, que aquela infecção generalizada.
A vida após a colecistectomia em 99% dos casos é extremamente normal.
O pós-operatório que pedimos é para que os pacientes evitem – nos primeiros 30 dias – a ingestão de gorduras e frituras, pois como retiramos a vesícula biliar, e ela é a responsável por armazenar a bile, que faz a digestão dessas gorduras.
Por consequência, pode ser que ao ingerir esses alimentos o paciente tenha sintomas diversos como:
Desse modo, solicitamos ao paciente uma dieta no pós-operatório, e a partir disso, é introduzido, pouco a pouco, as alimentações diversas no seu dia a dia novamente, obviamente, se for do seu interesse.
Na maioria das vezes, o paciente fica super bem, consegue comer seu churrasco, consegue ter uma vida normal e tranquila e sem o risco das complicações desses cálculos e pólipos de vesícula biliar.
A maioria dos casos em que os pacientes precisam ter a vesícula retirada é quando o paciente tem um cálculo.
Quase sempre se realiza esse diagnóstico com:
Sendo assim, a partir da suspeita clínica realiza-se o exame de imagem e na sua confirmação está indicada a retirada da vesícula biliar.
Dr. João Emílio Pinheiro é preceptor e assistente da Disciplina de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo na Faculdade de Medicina do ABC. Membro titular do colégio brasileiro de cirurgia digestiva – CBCD e da sociedade brasileira de cirurgia laparoscópica e robótica- SOBRACIL.
Dr. João Emílio é cirurgião do aparelho digestivo e preceptor e assistente da Disciplina de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo na Faculdade de Medicina do ABC.
Graduado em Medicina pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI, fez Residência Médica em Cirurgia Geral e Cirurgia do Aparelho Digestivo.
É membro titular do colégio brasileiro de cirurgia digestiva – CBCD e membro titular da sociedade brasileira de cirurgia laparoscópica e robótica- SOBRACIL.
Atualmente é mestrando em Ciências da Saúde.
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DR. JOÃO EMÍLIO PINHEIRO
MÉDICO: CRM-SP 202052
CIRURGIÃO DO APARELHO DIGESTIVO: RQE 104334